Atualmente, temos três linhas de investigação principais. A primeira foca-se no efeito da atratividade nos processos cognitivos implícitos, nomeadamente na atenção, na memória e na perceção temporal. O que os nossos estudos têm vindo a mostrar, quer em contexto laboratorial, quer em contextos mais realistas, é que estímulos muito atraentes tendem a captar mais atenção, a serem melhor recordados, e que são percecionados como tendo sido apresentados durante mais tempo do que estímulos neutros ou pouco atraentes. A segunda linha de investigação está associada ao estudo da infidelidade, mais especificamente às motivações que levam as pessoas a trair, e ao impacto emocional que a infidelidade tem. Os nossos resultados mostram que aproximadamente 25% das pessoas já tiveram pelo menos um relacionamento extraconjugal. Existem diferenças entre os géneros, sendo que cerca de 40% dos homens e 20% das mulheres referem já ter traído. Além disso, as mulheres tendem a trair mais emocionalmente do que os homens, e os homens mais sexualmente do que as mulheres. Os nossos estudos também mostram que pessoas que se encontram num relacionamento pouco satisfatório, que atribuem uma importância elevada à atratividade física, que têm muitas alternativas disponíveis, um desejo sexual mais elevado, e uma baixa autorregulação, são mais propícios a terem relacionamentos extraconjugais. A terceira linha de investigação é sobre a tomada de decisão nos relacionamentos amorosos. Aqui tentamos analisar, entre outras coisas, como é que as pessoas selecionam os seus parceiros amorosos, porquê que permanecem em relacionamentos infelizes, como é que tomam a decisão de terminar uma relação.
