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Momentos de Inovação em Psicoterapia​​

 
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A nossa equipa de investigação é composta por vários investigadores pós-doc, alunos de doutoramento e de mestrado, interessados no estudo de processo em psicoterapia. Liderada pelo Professor Miguel M. Gonçalves, nos últimos anos a equipa tem-se dedicado ao estudo dos processos de mudança em psicoterapia.​
Esta linha de investigação parte de um quadro narrativo, segundo o qual os clientes em psicoterapia se apresentam constrangidos no seu processo de construção de significados (auto-narrativa problemática). A auto-narrativa problemática consiste num conjunto de regras implícitas que organizam os processos cognitivos, emocionais e comportamentais (ex. o cliente valoriza as necessidades e opiniões dos outros em detrimento das suas). A mudança ocorre quando estas regras são desafiadas, facilitando a emergência de regras alternativas ou exceções. Estas exceções são denominadas pela nossa equipa como Momentos de Inovação (MIs). Até este momento foram identificados sete tipos diferentes de MIs (ação 1 e 2; reflexão 1 e 2; protesto 1 e 2; e reconceptualização) em vários modelos terapêuticos (e.g., Terapia Narrativa, Terapia Centrada no Cliente, Terapia Focada nas Emoções, Terapia Cognitivo-Comportamental).
Apesar da diversidade dos modelos terapêuticos estudados, tem sido encontrado um padrão transversal de mudança, no qual se destaca o papel dos MIs de reconceptualização. Desta forma, temos procurado estudar o modo como os MIs de reconceptualização promovem uma mudança duradoura. Nesta linha de investigação, tem sido igualmente estudada a forma como a inovação narrativa é atenuada no insucesso terapêutico. Os resultados sugerem um padrão típico nos casos de insucesso, caracterizado por uma flutuação entre a elaboração de MIs e a sua atenuação (ex. trivializando-os ou desvalorizando-os). Definimos este fenómeno como Marcadores de Retorno ao Problema (MRPs). Em suma, o principal objetivo da nossa investigação é compreender o processo através do qual a auto-narrativa problemática evolui para uma auto-narrativa alternativa ao longo do processo terapêutico.